Culinária



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De olho no rótulo
Você já parou para pensar que, muitas vezes, a tabela nutricional que aparece nos alimentos do seu filho pode ser baseada na dieta de um adulto? Pois é. Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), as informações fornecidas nos rótulos dos alimentos industrializados voltados ao público infantil podem confundir os pais. Um exemplo de distorção flagrado pelo órgão é um salgadinho que tem a quantidade de sódio equivalente a 38% da necessidade de um adulto, mas 306% da de uma criança de 4 a 6 anos! Ainda não existe nenhuma lei que obrigue os fabricantes a adequar os rótulos. Por isso, a nutricionista Santhi Karavias, do projeto Lancheira Saudável, em São Paulo, cita o que observar na hora da compra. “Como os ingredientes são colocados em ordem decrescente de quantidade, se o açúcar aparecer logo no começo da lista, por exemplo, é mau sinal”, alerta. Também vale evitar os alimentos que tiverem gordura trans e adoçantes como aspartame, ciclamato de sódio, sacarina sódica e sorbitol, que aparecem nas bebidas diet e light. Dê preferência aos produtos com fibras (como cereais integrais), que melhoram o funcionamento intestinal e diminuem a absorção de gordura.
Férias (e quilos) à vista
Ganhar peso nas férias de inverno não é exclusividade dos adultos. Afinal, ficar em casa assistindo à TV e comendo pipoca nos dias frios é irresistível. O pediatra Hélio Rocha, do departamento científico de nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, conta como evitar que o seu filho engorde demais nessa época.
• Preste atenção às porções. Tudo bem comer bolo de chocolate no lanche da tarde, mas sem exagero.
• Incentive a criança a convidar os amigos que não estão viajando para brincar na sua casa – ou leve o seu filho para ficar com eles.
• Evite servir bebidas adocicadas, como refrigerantes e néctares de frutas.
• Em vez de oferecer um suco, que tal substituí-lo pela fruta?
• Ainda que vocês estejam viajando, tente respeitar os horários das refeições das crianças.
Vitamina contra o câncer
Você tomou ácido fólico na gravidez? Essa vitamina do complexo B ajuda na prevenção de defeitos no tubo neural, que vai dar origem ao cérebro e à coluna do bebê. Por isso, o suplemento já é recomendado meses antes da gravidez. Mas um estudo realizado por duas universidades norte-americanas descobriu que ele faz bem para as crianças também. O suplemento de ácido fólico em alimentos pode reduzir a incidência de dois tipos de câncer na infância. Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram cerca de 8 mil casos da doença nos Estados Unidos, entre 1986 e 2008. “O objetivo era observar se os índices de câncer na infância caíram desde que a fortificação das farinhas se tornou mandatória”, diz uma das autoras do estudo, Amy Linabery, da Universidade do Minnesota. A medida foi relacionada à redução do tumor de Wilms, que ataca o rim, e também do neuroectodérmico primitivo, um tipo de câncer cerebral. A suplementação de farinhas com esse nutriente é lei naquele país desde 1996, enquanto por aqui só virou obrigatória em 2002, nos tipos de trigo e de milho.

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