Por que vacinar seu filho



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Desde a sua descoberta, três séculos atrás, as vacinas se transformaram no melhor instrumento para prevenir muitas doenças infectocontagiosas, algumas delas fatais, em todas as idades.
A vacina da varíola, por exemplo, erradicou a doença no mundo inteiro. Graças à Sabin, a da gotinha, estamos quase acabando com a poliomielite: não há mais casos de paralisia infantil na América. Dá para imaginar a importância disso? O sarampo era uma das principais causas de óbito em crianças pequenas até uns anos atrás. Com a vacinação em massa, os casos diminuíram e muitas mortes ou sequelas foram evitadas. O mesmo pode-se dizer em relação à coqueluche, à rubéola, à difteria e à tuberculose, para citar mais exemplos. Hoje temos ainda vacinas eficazes contra bactérias que causam pneumonia e meningite e contra vírus como rotavírus, varicela e hepatites A e B. Apesar de todas as evidências, alguns pais recusam-se a vacinar os filhos. Por quê? As justificativas mais citadas são:
1. “A vacina pode causar a doença.” Ela tem o objetivo de despertar uma reação imunológica, isto é, fazer a criança produzir anticorpos. Isso pode ocasionar um pouco de mal-estar. Mas, na imensa maioria das vezes, é só isso. Imaginem a quantidade de crianças vacinadas por dia no planeta. Se o medicamento fizesse mal, milhões ficariam doentes. E não é isso que se vê por aí.
2. “A vacina dá autismo.” Um dos componentes utilizados na tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) é uma substância chamada timerosal. No passado, acreditava-se que ela poderia induzir autismo em crianças. No entanto, diversos estudos concluíram que a vacina é segura, ou seja, o papo que dá autismo é um mito.
3. “Essa doença não é importante.” Muitas pessoas acreditam que não há problema em ter algumas doenças como gripe ou catapora. De fato, quando tratadas, elas geralmente se resolvem de sete a dez dias. No entanto, podem deixar sequelas ou evoluir para um quadro mais grave. A gripe H1N1, por exemplo, foi responsável pelo óbito de muitas gestantes e de seus filhos. A catapora pode dar uma pneumonia ou uma encefalite de difícil controle. O vírus da caxumba pode acometer os testículos dos meninos e o da rubéola, se adquirido por uma gestante, levar à rubéola congênita que causa, entre outras coisas, cegueira no bebê. Todas as doenças para as quais existem vacinas têm um risco potencial!
Logo, não há justificativa plausível contra a imunização. Temos que nos vacinar e vacinar os nossos filhos – e não só no primeiro ano de vida. Isso é essencial não só pelo benefício individual, mas também porque estaremos contribuindo para a redução da circulação e proliferação de agentes patogênicos perigosos para crianças e adultos. A vacina é um dever de cada um.

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