CRESCER: Já é seu quarto filme como a voz do mamute Manny. Apegou-se ao personagem?
DIOGO VILLELA: Adoro fazer o Manny. Fico muito feliz quando as crianças reconhecem e quando os pais falam para elas que a voz é minha. Faço (a voz) mais carregada, mais sofrida, mas as crianças sentem o tom.
C: O que as crianças dizem?
D.V.: Dizem “Ele é o bicho corcunda!”, ou chamam de mamute mesmo. “É o elefante corcunda!”, é o que mais falam (risos).
C: Como enxerga o sucesso de A Era do Gelo pelo mundo?
D.V.: Fico muito orgulhoso porque é um filme que deu muito certo lá fora. O Carlos Saldanha (criador da trama e diretor dos 3 primeiros longas da franquia) é muito talentoso, tenho orgulho de participar deste sucesso e de poder representá-lo no Brasil. É um filme lindo e que tem um humor muito específico, que deve surpreender os americanos. Não bate com o deles. Acho legal Carlos ter feito uma produção com as características do humor latino.
C: Muita coisa aconteceu entre o primeiro A Era do Gelo e o quarto filme da série. O que há de diferente na história?
D.V.: Manny já casou e teve filho. Mas o bonito do filme é uma metáfora inerente, que é a busca pelo perdido, uma procura eterna por um lugar. E ele remete muito à questão da amizade e da fidelidade. É um filme ideológico, na minha opinião. Os personagens estão perdidos, mas querem encontrar uma solução.
C.: Imaginava que a franquia faria tanto sucesso?
D.V.: De jeito algum! Não imaginava nada. Fiquei surpreso desde A Era do Gelo 2 até agora (risos).
C: Qual foi a inspiração para a voz mais sofrida de Manny?
D.V.: A voz do ator americano (Ray Romano, de séries como Everybody loves Raymond) é mais coloquial. Coloquei certa dramaticidade porque achei que ia ficar interessante. Senti que o bicho poderia ter uma solidão pelo tamanho dele, uma vivência maior por ter sido rejeitado. Uma voz sofrida, um pouco mais que o normal. Nós somos latinos, é outro entendimento da emoção. O dublador americano sacou o que fiz e adorou, entendeu a diferença depois que ouviu. É uma adaptação. Eu gosto de criar. E tive liberdade, senti o bicho.
C: Qual a diferença no seu trabalho como dublador já no quarto filme da série? Sentiu-se mais à vontade?
D.V.: A dinâmica fica mais fluente. É só lembrar que vem! Começo a dublagem e o Manny reaparece. Adoro dublar, faço isso desde os 16 anos, tem muito tempo! Fiz um teste para fazer voz de criança e passei na época, já ganhava uma graninha. Sou ator desde os 12.
C: Qual personagem mais gostou de dublar desde então?
D.V.: Talvez seja o Manny, porque é mais completo. Tenho facilidade com vozes, mas naquela época eu era um adolescente fazendo voz de criança.
C: Você acompanha filmes de animação? Quais seus preferidos?
D.V.: Assisto bastante. Toy Story eu adorei, A Fuga das Galinhas também. Toda vez que tem conflito de animais acho interessante. Adoro quando adaptam a vida humana a eles. Dá uma amplitude, os animais ganham mais expressão, mais valor, mais vida.
CRESCER: Como você foi descoberto?
VINÍCIUS NASCIMENTO: Estava no Pelourinho, brincando. Daí Monique (Gardemberg, diretora de cinema, que rodava Ó paí, ó) me viu e falou com minha mãe. Nunca tinha feito nada, não sabia nem o que era uma câmera.
C: E como surgiu o convite para dublar A Era do Gelo 4?
V.N.: Foi tudo em cima da hora. Estava em casa quando me ligaram. Foi o Breno (Silveira, diretor de À Beira do Caminho) quem me indicou. Foi só felicidade. É uma nova experiência.
C: Esta é a primeira vez que você dubla um personagem? Teve alguma dificuldade?
V.N.: Nunca tinha dublado nenhum personagem animado, só eu mesmo, em algumas cenas de À Beira do Caminho. Na hora fiquei nervoso, mas foi bom. Achei um pouco difícil, mas no fim acho que consegui. A direção me ajudou muito a começar e terminar as falas no tempo certinho.
C: Você trouxe alguma coisa de outros trabalhos para este em A Era do gelo 4?
V.N.: Só a concentração. Os outros personagens que fiz não tinham muito a ver com esse.
C: E você tem algo a ver com o Alce?
V.N.: Nada, nem os chifres (risos)! Ele é engraçado, meio atrapalhado. Gosta de divertir os outros.
C: Você acompanhou os outros filmes da série?
V.N.: Assisti ao 1 e ao 3. Gosto muito do esquilinho (o personagem Scrat). Ele está sempre atrapalhado, né? (risos). Tinha uns 9 ou 10 anos quando vi pela primeira vez e achei muita graça.
C: Como foram as filmagens de À Beira do Caminho, ao lado de João Miguel e Dira Paes e rodando pelo interior da Bahia?
V.N.: Passamos por várias cidades. A Dira e o João me deram muitas dicas, de como falar, do olho no olho. Viajamos por 3 meses, mas quando voltei não consegui recuperar as aulas e repeti de ano.
C: Você é bom aluno? O que faz quando não está trabalhando?
V.N.: E quem não é bom aluno? (risos). Gosto de História. Ainda moro em Salvador e gosto de jogar bola: sou santista e gosto do Neymar e do Ganso. Agora não estou fazendo teatro porque as aulas eram de tarde e de noite e estava muito puxado. Tenho três irmãos mais novos, que participaram de Ó paí, ó como elenco de apoio, e vivo com minha mãe e meu padrasto.
C: O que quer fazer daqui para a frente?
V.N.: Gostaria de continuar seguindo nesta carreira e de, um dia, fazer novela e atuar ao lado do João Miguel de novo, do Lázaro Ramos e do Wagner Moura. Todos gente boa da Bahia.
C: O que acha que vai mudar na sua vida depois de À Beira do Caminho e A Era do Gelo 4? Seus amigos perguntam muito sobre sua vida de artista?
V.N.: Só quem sabe de A Era do Gelo é minha mãe, minha avó e minha família! Não contei para todo mundo, mas acho que não vão reconhecer muito a minha voz. A galera na escola já se acostumou, ninguém pergunta muito, não (risos).
VINÍCIUS NASCIMENTO: Estava no Pelourinho, brincando. Daí Monique (Gardemberg, diretora de cinema, que rodava Ó paí, ó) me viu e falou com minha mãe. Nunca tinha feito nada, não sabia nem o que era uma câmera.
C: E como surgiu o convite para dublar A Era do Gelo 4?
V.N.: Foi tudo em cima da hora. Estava em casa quando me ligaram. Foi o Breno (Silveira, diretor de À Beira do Caminho) quem me indicou. Foi só felicidade. É uma nova experiência.
C: Esta é a primeira vez que você dubla um personagem? Teve alguma dificuldade?
V.N.: Nunca tinha dublado nenhum personagem animado, só eu mesmo, em algumas cenas de À Beira do Caminho. Na hora fiquei nervoso, mas foi bom. Achei um pouco difícil, mas no fim acho que consegui. A direção me ajudou muito a começar e terminar as falas no tempo certinho.
C: Você trouxe alguma coisa de outros trabalhos para este em A Era do gelo 4?
V.N.: Só a concentração. Os outros personagens que fiz não tinham muito a ver com esse.
C: E você tem algo a ver com o Alce?
V.N.: Nada, nem os chifres (risos)! Ele é engraçado, meio atrapalhado. Gosta de divertir os outros.
C: Você acompanhou os outros filmes da série?
V.N.: Assisti ao 1 e ao 3. Gosto muito do esquilinho (o personagem Scrat). Ele está sempre atrapalhado, né? (risos). Tinha uns 9 ou 10 anos quando vi pela primeira vez e achei muita graça.
C: Como foram as filmagens de À Beira do Caminho, ao lado de João Miguel e Dira Paes e rodando pelo interior da Bahia?
V.N.: Passamos por várias cidades. A Dira e o João me deram muitas dicas, de como falar, do olho no olho. Viajamos por 3 meses, mas quando voltei não consegui recuperar as aulas e repeti de ano.
C: Você é bom aluno? O que faz quando não está trabalhando?
V.N.: E quem não é bom aluno? (risos). Gosto de História. Ainda moro em Salvador e gosto de jogar bola: sou santista e gosto do Neymar e do Ganso. Agora não estou fazendo teatro porque as aulas eram de tarde e de noite e estava muito puxado. Tenho três irmãos mais novos, que participaram de Ó paí, ó como elenco de apoio, e vivo com minha mãe e meu padrasto.
C: O que quer fazer daqui para a frente?
V.N.: Gostaria de continuar seguindo nesta carreira e de, um dia, fazer novela e atuar ao lado do João Miguel de novo, do Lázaro Ramos e do Wagner Moura. Todos gente boa da Bahia.
C: O que acha que vai mudar na sua vida depois de À Beira do Caminho e A Era do Gelo 4? Seus amigos perguntam muito sobre sua vida de artista?
V.N.: Só quem sabe de A Era do Gelo é minha mãe, minha avó e minha família! Não contei para todo mundo, mas acho que não vão reconhecer muito a minha voz. A galera na escola já se acostumou, ninguém pergunta muito, não (risos).
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