A escola dos sonhos



Rodrigo Schimidt
Eu e minha filha, Helena, 3 anos
Há exatamente três anos, Helena tinha 4 meses e eu estava prestes a voltar ao trabalho. Passei o mês de julho inteiro visitando todas as escolas do meu bairro incansavelmente. Em algumas, cheguei a ir três vezes e, como boa mãe jornalista, fazia uma batelada de perguntas que iam, ou pretendiam ir, aos mínimos detalhes. Conversava com as coordenadoras, observava o movimento no portão, conhecia as cozinhas, bibliotecas, banheiros, salas de aula e confesso que, em muitos dias, ficava com um nó no peito.
Tem gente que ainda acha que escola de educação infantil é um mero depósito de criança, infelizmente. Ou uma fonte de dinheiro. Nunca tive dificuldade em entender por que as escolas infantis custam mais que as faculdades. Basta ver o cuidado que cada bebê exige, os estímulos que são fundamentais nessa fase, a atenção individual que é preciso dar... Complicado era ver que o colégio que eu imaginava para minha filha parecia não existir. De um, não gostava do espaço físico; do outro, da proposta de trabalho. Ou achava que eram crianças demais por berçaristas, em alguns casos. Aos poucos, fui me convencendo que escola perfeita não existia. Mas que é possível, sim, encontrar aquela que é a ideal para os nossos filhos. Que vai fazê-los felizes.
A questão é: como descobrir isso? Afinal, não há test drive de colégio, como existe com carros... Fazer as perguntas certas é um bom começo (como as que propomos na nossa reportagem de capa deste mês), observar é fundamental. O mais importante, porém, é sentir. Assim que entrei na escola da Helena pela primeira vez, tive certeza de que ela ficaria bem ali. Perceber se a energia das pessoas e da escola é boa pode parecer conversa fiada, mas se você é mãe ou pai e seu filho já está na escola, sabe do que eu estou falando. Se o seu bebê ainda nem nasceu ou é pequeninho, logo saberá.
Ter um guia em mãos ajuda (e muito!), nos deixa mais seguros e é um valioso ponto de partida. Já a decisão final precisa ser tomada quando você tiver tirado todas as suas dúvidas, estiver confiante e, principalmente, feliz. A peregrinação em busca do colégio da Helena valeu cada segundo: com a mesma turma até hoje, a escola é sua paixão. Eu venho trabalhar tranquila e ela vai encontrar os amigos e professores com um sorriso no rosto, todos os dias!
Daniela Tófoli Diretora de redação 
dtofoli@edglobo.com.br  
Fernando Martinho/Paralaxis
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